Curso sobre tabaco

No dia 15 de agosto, o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP) promoverá o Seminário Internacional sobre as Perspectivas de Controle do Tabaco no Mundo. A atividade pretende apresentar e discutir os desafios para o controle do tabaco, as melhores apostas para isso ocorrer e as estratégias da indústria para interferir nas políticas públicas, e contará com a participação de pesquisadores do cenário nacional e internacional. O evento faz parte das atividades de encerramento do curso de atualização em Políticas de Controle do Tabagismo da Escola. O encontro, que é aberto aos interessados e não necessita de inscrição prévia, terá início às 9 horas no salão internacional da ENSP.

Para promover o debate, a atividade contará com a presença de lideranças mundiais para o controle do tabaco como a fundadora do Cetab/ENSP e atualmente chefe do Secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde, Vera da Costa e Silva, o economista do Banco Mundial, Roberto Iglesias, a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro (Coniq), Tânia Cavalcante e a presidente da Tobacco Policy International, organização de pesquisas e consultoria sobre políticas, Stella Bialous. A coordenadora e pesquisadora do Cetab/ENSP, Valeska Figueiredo será a mediadora do debate.

Tabagismo como principal causa de morte prematura evitável no mundo

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo causa cerca de 6 milhões de mortes a cada ano e é a principal causa de morte prematura evitável no mundo. A estimativa é que existem mais de um bilhão de fumantes no mundo, sendo 80% residentes de países de baixa ou média renda. No Brasil, os custos do tratamento da doenças tabaco-relacionadas chegam a R$ 21 bilhões por ano. Além disso, a OMS considera o tabagismo uma doença pediátrica, pois 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos e, quanto mais cedo iniciam o uso do tabaco, mais rápido se tornam dependentes.

O país no contexto internacional

O Brasil é considerado um dos países com as políticas mais avançadas no controle do tabagismo no mundo. No último relatório da Organização Mundial da Saúde (2013), foi incluído entre os cinco países que melhor implementaram as políticas de impostos e preços; ambientes livres de fumo; advertências sanitárias; proibição da publicidade, promoção e patrocínio de produtos do tabaco e políticas de assistência ao fumante, todas associadas ao monitoramento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) que vem ganhando espaços cada vez melhores no país com a Pesquisa Nacional de Saúde, a Pesquisa da Saúde do Escolar e o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto.

Sobre o curso de atualização em Políticas de Controle do Tabagismo

O curso pretende formar profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente aqueles que trabalham para a efetivação de políticas para o controle do tabaco nas secretarias estaduais e municipais de saúde. Foi concebido para estimular o entendimento e incorporação nas práticas de saúde pública e de atenção básica à saúde do tema prevenção das doenças crônicas não transmissíveis.